quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

NEM TUDO SE CRIA...



Sabemos muito bem que música está diretamente ligado com publicidade e propaganda. Que a música, tal qual eu acredito que a propaganda seja, é uma arte. E sabemos que grande parte das obras de arte tem alguma influência em algum movimento, período literário ou até mesmo nas obras de algum outro autor. Influências essas que servem de inspiração. Mas o plágio vem se alastrando no mundo, feito praga, em tudo quanto é ramo da arte.

Existe um velho ditado, muito utilizado pelos acomodados e pelos desprovidos de criatividade, que é mais ou menos assim: “Nada se cria. Tudo se copia”. Não concordo. Não mesmo. As coisas não são exatamente bem assim. No mundo da música ultimamente, infelizmente, vem sendo...

Essa semana eu estava navegando no “Youtube” e encontrei um vídeo muito engraçado, de um plágio descarado que eu já tinha reparado há algum tempo, mas que eu nunca pensei que fosse chegar à tanto...

A banda brasileira “NX Zero”, vencedora de diversos prêmios importantes da música nacional (entre eles, muitos da MTV), que tinha a canção “Daqui Pra Frente” como tema de abertura da temporada 2008 do seriado Malhação, da Rede Globo, foi acusada de plágio pela banda norte-americana “Taking Back Sunday”. E a música acusada é exatamente a mesma que era tema de malhação. Os meninos do “NXEROX” (como foram “carinhosamente” apelidados por alguns internautas), plagiaram na cara dura o refrão de “MakeDamnSure”, a música mais famosa do “TBS”.

O produtor da banda, Rick Bonadio, jura de pés juntos que a banda brasileira não plagiou a banda norte-americana.

Bom... uma coisa é fato: está cada vez mais difícil de se fazer algo que ninguém nunca tenha feito. Mas fica a dica pros rapazes do NXEROX, quero dizer, NX Zero: se forem tirar algo como “influência”, dá uma mudadinha nessa influência... mudem umas “oitavadinhas”, o dedilhado, as notas, a linha de vocal, toca de trás pra frente, sei lá, qualquer coisa, ou então estarão sujeitos a uma queimação de filme com uma pitada de mídia gratuita, tipo assim:

http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=a_uR3fgd1h8&eurl=http://cifraclub.terra.com.br/noticias/8786-taking-back-sunday-diz-que-nx-zero-plagiou-uma-musica.html

PS: Recomendo que os caros leitores escutem também “Radio”, da banda “Alkaline Trio” e “Razões e Emoções”, da banda NX Zero.

domingo, 25 de janeiro de 2009



VOCÊ SACRIFICARIA AMIGOS POR UM SANDUÍCHE?

"A rede americana de fastfood Burger King, conhecida por desenvolver campanhas publicitárias criativas e inusitadas, inovou mais uma vez com o “Whoopper Sacrifice” ( algo como sacrifício pelo Whooper, nome do sanduíche mais famoso da casa). Feita em parceria com o site de relacionamentos Facebook, a propaganda tem como mote a frase “Você gosta dos seus amigos, mas você ama o Whooper”, e propõe que o usuário do Facebook delete dez amigos de sua rede para receber em troca um cupom que dá direito a um hambúrguer. O aspecto mais engraçado da campanha é que os “sacrifícios” aparecem nas atualizações do usuário do Facebook. Assim, qualquer um pode ver no perfil de um amigo frases como “Jorge sacrificou Mariana da Silva por um Whooper de graça”. Quem instala o software também ganha uma janela que mostra quantos amigos devem ser deletados para ganhar o sanduíche gratuito, com a frase “Quem será o próximo a ser sacrificado?” No entanto, aqueles que pensaram em excluir todos os amigos para comer por um bom tempo de graça vão ficar desapontados : cada usuário tem direito a apenas um cupom para cada conta do Facebook, e a promoção é válida apenas para os Estados Unidos. A campanha foi desenvolvida pela renomada agência de publicidade americana Crispin Porter + Bogusky, com base na reclamação de seus próprios funcionários sobre o número crescente de pessoas em suas listas de amigos do Facebook – para o brasileiro, seria o equivalente aos milhares de amigos virtuais do Orkut, o site de relacionamento mais popular no país. “Achamos que poderíamos brincar com essa idéia, removendo algumas pessoas que são amigos, mas não necessariamente grande amigos”, disse Jeff Benjamin, diretor executivo de criação da agência, em entrevista ao site americano Adweek, especializado em propaganda. A Crispin Porter + Bogusky é famosa pela criação de campanhas anteriores para o Burger King, como a “Whooper virgens”, que buscou povos isolados que nunca haviam provado o sanduíche e propôs um teste de paladar, comparando-o ao Big Mac, sucesso do maior concorrente da rede, o McDonalds. Já em “O frango submisso”, com o slogan “Frango do jeito que você gosta”, anúncios mostravam uma pessoa vestida de frango obedecendo a todas as ordens de uma segunda pessoa. Depois, a campanha ganhou um site no qual as pessoas podiam escrever comandos para o frango realizar, como “nadar”, “dormir” e “praticar yoga”. No entanto, quando o frango recebe comandos relacionados a sexo ou drogas, aproxima-se da câmera e gesticula negativamente."

FONTE: Revista Época
FOTO: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/foto/0,,16319865,00.jpg

Campanhas que envolvam diretamente o bolso do consumidor podem trazer um grande retorno tanto pro anunciante quanto para o próprio consumidor. Na maioria das vezes o retorno ao consumidor é meramente psicológico. Ele acredita estar tirando vantagem de algo, quando na verdade, a situação exposta beneficia muito mais ao anunciante. Um exemplo nacional dessa forma de campanha é do Activia, que "devolve o seu dinheiro se o produto não funcionar".

É uma pena que uma campanha como essa da Burger King não tenha chegado no Brasil, num é mesmo? Eu comeria fácil um Whoopper, sem pagar nem um décimo de tostão furado!

Mas como sabemos, cada campanha é desenvolvida de acordo com o universo em questão. E essa campanha, com certeza, não daria nada certo no Brasil. Imagina se você tivesse que deletar 10 pessoas do seu Orkut pra comer de graça no Burger King. Difícil? Nem um pouco num é mesmo? Então... eu começaria por deletar aquele amigo distante da família, que não lembro de forma alguma quem é, mas ele jura que tudo sobre meus pais, os pais dos meus pais, entre outros. Ando entendendo quando as vezes as pessoas definem a inclusão digital como "maldita". O próximo seria aquele vizinho do meu primo, que eu vi uma vez na vida e nunca mais. O fulano me achou na rede, me adicionou, e já se sentia meu melhor amigo! E tem também aquela amiga horrorosa e sem graça da sua amiga de infância, que vive te dando mole, e que você não daria uma chance nem se ela fosse a última mulher da terra. E por aí vai... Nesse ritmo, ou a Burger King iria falir, ou as vacas entrariam em extinção!

Estava pensando... talvez a campanha funcionasse no Brasil se o "sacrifice" significasse REALMENTE sacrificar 10 amigos (se é que me entendem).

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O começo.


É com imenso prazer que lançamos hoje a primeira postagem em nosso blog, com intenção de explicar direitinho o que queremos com a criação do mesmo.

A idéia é escrever sobre publicidade para publicitários. Curiosos, críticos, perdidos e admiradores do assunto também são bem vindos.

Entendemos publicidade e propaganda como uma forma de arte. Logo, não existe o certo e o errado. O que existe são os pontos de vista distintos e o censo comum. Aquilo que aqui escreveremos é o nosso ponto de vista sobre cada assunto em questão. Não quer dizer que necessariamente estaremos certos, errados, ou fora daquilo que "pensa" o censo comum. Afinal, é do "censo comum" que quase sempre fugimos, num é mesmo? Daquilo que é clichê, que é babado, que é antigo, que é "a fórmula do sucesso".

Esperamos com a criação de "Céu Nublado, Mente Azul" interagir com outros internautas que entendam (ou não) de publicidade e propaganda. Estamos aqui dando a cara a tapa. Prontos tanto pra ensinar quanto pra aprender (talvez muito mais pra aprender do que pra ensinar). O que esperamos de hoje em diante é que "Céu Nublado, Mente Azul" nos leve à novos horizontes, novos pontos de vista, novos conhecimentos, novos amigos, e, acima de tudo, muitos motivos para gargalhadas de tudo aquilo que de mais horrível e descabido que existe na propaganda mundial.

Sintam-se em casa... (mas tirem o chinelo, por favor).